sábado, 17 de outubro de 2015

Reunião de 17/10

Hoje tivemos uma reunião no The Fifties, no Plaza. Discutimos algumas pautas acerca do jornal, de recursos e acerca do relacionamento com outros grupos e das eleições de 2016. Também discutimos acerca da situação política de nosso atual (des)governo.

Quer saber mais? Venha nas nossas próximas reuniões. Sempre fazemos o ambiente fraterno e descontraído para os nossos amigos.

Abaixo segue uma foto da reunião.


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Última e Tardia Catarse


ÚLTIMA E TARDIA CATARSE

Uma crônica por Felipe Pedroza


Era para ser um dia como qualquer outro: a mesma preguiça para levantar da cama, arrumar-me para ir ao trabalho, tomar café com os filhos, dar um beijo cotidiano de despedida temporária em minha esposa antes de irmos ao trabalho: ela a advogar em nome da justiça, eu a atuar na formação de futuros cidadãos.

Quando cheguei em sala, os alunos estavam atônitos. Achei estranho, sempre estão fazendo algazarras, em meio a gargalhadas, implicâncias e competições de ego. Coisas de adolescentes. Mas estavam meio que zumbificados, como se a própria essência lhes foi retirada. Ao olhar para a porta, que como sempre estava entreaberta, indicando integral receptividade e integração, enxergo três colegas professores sendo levados aos fundos por homens e mulheres fardados, mas não pareciam policiais ou militares. Ao perceber a minha nada disfarçada escandalização, um deles, que seguia atrás dos outros, deu meia volta e veio ao meu encontro - eu que à essa altura, já estava involuntariamente meio que indo para trás da porta. Olhou dentro dos meus olhos e disse:

– Não se preocupe, professor. Quando isso acabar seremos todos um só corpo, num mesmo ritmo e espírito, e confiantes na mesma luta. Aqueles que pensam contra a nossa causa, se posicionam contra a transformação da história e defendem liberdades que não se conjugam ao coletivo, não passarão. Sinto muito pelos seus colegas e pela sua esposa.

Naquele dia, o último de minha vida, confesso que afogado em um mar de lágrimas e dor, compreendi que justiça e igualdade são coisas diferentes, e que sem liberdade não há regime que seja verdadeiramente do povo, pelo povo e para o povo. Pois justiça, liberdade e democracia são mais do que palavras: são perspectivas.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Dividir e Conquistar


DIVIDIR E CONQUISTAR?

Por Daniel Piven


Você já percebeu como o país está dividido nos últimos tempos? Negros contra brancos, mulheres contra homens, trabalhadores contra empresários, ateus contra religiosos, homossexuais contra heterossexuais. “Nunca na história desse país” uns odiaram tanto os outros – e saiba que isso não é por acaso. Essa estratégia da esquerda é conhecida como “luta de classes”, e é a base do pensamento marxista. Ela consiste nisso mesmo: jogar uns contra os outros e, no meio da confusão, fazer com que o “lumpem-proletariado” (os “trabalhadores iluminados”, ou seja, os membros do partido deles) assuma o espaço daqueles que estão no poder.

Não é por acaso, portanto, que todas as ideologias que tiveram origem no marxismo se baseiem nisso – aliás, é a sua força. Afinal, se uns não acharem que são oprimidos, como os movimentos Feminista, LGBT, “Afro-brasileiro”, “Sem Terra” e outros iriam pedir dinheiro das pessoas e do Governo para as suas atividades duvidosas? A maioria de seus ativistas seria obrigada a fazer o que mais abomina, trabalhar e concorrer com as pessoas normais, sem nenhuma espécie de regalia na sociedade – e isso os apavora de tal forma que eles são obrigados a fazer uma militância constante e agressiva contra todos que os contrariam. No final das contas, não importa discutir com essa gente usando lógica ou argumentos concretos: eles preferem lidar com o mundo como se fosse um conto de fadas em sua utopia inalcançável de igualdade para os desiguais, mesmo que as leis científicas da economia e biologia os contrarie ou que as estatísticas os desmintam. Afinal, estar errado significa que as pessoas não precisam tratar-lhes de forma diferenciada pelas suas escolhas ou preferências pessoais e que eles vão ter que se virar como todo o resto da população para viverem as suas vidas.

O povo brasileiro, apesar da sua diversidade de raças, culturas e religiões, sempre foi bastante amistoso e respeitoso entre sí, até que nos últimos 25 anos a esquerda parasita espalhou ódio em nossas vidas, sob o pretexto de defender nossos interesses. E onde isso nos levou? Esse país cada vez mais se afunda na corrupção, no atraso e na repressão ao povo causada por aqueles que diziam proteger as minorias e os oprimidos. A estratégia da esquerda de arranjar bodes expiatórios para todos os problemas não nos levou a lugar nenhum até hoje, e toda a nação já percebeu que é hora de mudar.

Chegou a hora de enxergarmos a realidade do jeito que ela é. Somente um povo unido e consciente será capaz de tomar as decisões necessárias para resolver os problemas do nosso país.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DONA MARIA II



DONA MARIA II

Por Diego Barreto



Maria da Glória filha mais velha do Imperador do Brasil, Dom Pedro I, e da arquiduquesa da Áustria, Dona Leopoldina, Maria da Glória nasceu no Rio de Janeiro em 4 de abril de 1819 e faleceu aos 34 anos, ao dar à luz seu décimo segundo filho. Com a morte de D. João VI, Maria da Glória como neta mais velha, assumiu o lugar do pai, que recusava voltar para Portugal. Com apenas sete anos, não tinha idade para governar. Por isso, teve que se casar por procuração com seu tio, D. Miguel, que foi nomeado regente do reino português. Mas quando D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil, em 1822, Miguel pediu ao Conselho dos Três Estados a perda dos direitos sucessórios do irmão, o que foi prontamente feito. Em declínio ao movimento absolutista assumiu o trono no lugar da esposa, dando início o embate entre "miguelistas" e "pedristas". D. Pedro I preocupado com os fatos políticos do trono português e as pressões sofridas no Brasil decidira à abdicação do trono brasileiro em 1831, rumando para Portugal e deixando em seu lugar o filho de apenas cinco anos de idade, o Sr. D. Pedro II.

Com apoio dos aliados, venceu a guerra liberal. Sua filha subiu ao trono em 1834, aos 15 anos, tornando-se Maria II. A chegada ovacionada de D. Maria II a Lisboa fora um marco para o povo português. O casamento com D. Miguel foi dissolvido, ainda em 1834, para os arranjos do segundo matrimônio com o irmão de sua majestade, D. Amélia de Leuchtenberg. As bodas ocorreram no mesmo ano, mas o príncipe Augusto de Beauhamais acabou morrendo dois meses depois, as negociações para as novas bodas já estavam concluídas. O noivo era sobrinho de Leopoldo, da Bélgica, sendo austríaco de nascimento, como a família materna da noiva. Príncipe Fernando Saxe-Gotha-Coburgo-Kohari conquistou o coração da jovem rainha, e em 9 de abril de 1836 casaram-se na Sé de Lisboa. No Palácio das Necessidades as atividades eram em rodas literárias, teatro e serões familiares. E foram pais dos seguintes filhos, nascidos nas datas indicadas: Rei Dom Pedro V (1837); Rei Dom Luís I (1838); Infanta D. Maria (1840); Infante D. João, Duque de Beja (1842); Infanta D. Maria Ana, Princesa da Saxónia (1843); Infanta D. Antónia Maria, Princesa de Hoenzollern-Sigmaringen (1845); Infante D. Fernando (1846); Infante D. Augusto, Duque de Coimbra (1847); Infante D. Leopoldo (1849); Infanta D. Maria da Glória (1851); Infante D. Eugénio (1853). O casal real fez dois salões do palácio um local de deleite e de convívio social.

D. Maria II era conhecida publicamente como geniosa e apelidada de "rainha gorda" devido sua estatura acima da média. Na vida doméstica, excepcional mulher e principalmente mãe. Maria II instruía com rigor a educação de seus filhos, os infantes eram impedidos de tratar por "Tu" os criados do Palácio, assim como os professores aos quais eram dispensadas as mais respeitosas atenções. No seu reinado enfrentou várias rebeliões, como Maria da Fonte (1846-1847) e Revolta da Patuleia (1847), mesmo com adversidades cruéis das lutas liberais e difamações inflamadas pela oposição, D. Maria II com parcimônia e sabedoria soube se perdurar no poder por 19 anos e enfrentou os problemas de estado estando gravida. Foram também seus grandes feitos, a reforma na Universidade de Coimbra e a criação de Liceus e escolas politécnicas em Lisboa e no Porto. Incentivou o desenvolvimento cultural português, criando escola de Arte Dramática, a Academia de Belas Artes e o Teatro em Lisboa, que fora homenageada com seu nome. Da brasileira que se tornou rainha e que não pode cair em ostracismo no Brasil.

"Se eu morrer, morro no meu papel!" - D. Maria II

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

LEI ÁUREA



LEI ÁUREA

Por Philippe Lana

Há pouco mais de 127 anos foi celebrado no Brasil aquele que talvez seja considerado o ato mais nobre de todo o século XIX ocorrido no hemisfério sul: a Lei Áurea. Ato tão nobre que resultou na queda e expulsão da Família Real do país, devido à insatisfação dos setores dominantes da política brasileira, a elite econômica ruralista, composta principalmente por escravocratas. Com a lei, muitos ex-donos de escravos tiveram prejuízos e perda significativa da sua mão de obra, em sua maioria escrava, e sem nenhuma indenização da Coroa.

Muitos associam, erroneamente, a figura da Monarquia no Brasil ao regime escravista, como se estivessem ligados, o que não é verdade. Até onde se sabe, quem detinha, de fato, o poder econômico e também político durante o Império eram os grandes fazendeiros. A maior evidência foi o fato de durante todo o governo imperial até meados da República, as exportações de café do Brasil representarem 60% do consumo mundial (surgindo a expressão “barões do café”). Logo, qualquer tentativa do imperador no sentido de extinguir o sistema escravocrata, poderia ter dado fim ao Segundo Reinado bem antes do enigmático 15 de novembro de 1889.

Obviamente, uma coisa não justifica a outra. Pois o fato é que durante a Monarquia a escravidão persistiu, e seu fim se deu tardiamente, beirando o início do século XX. Mas é importante salientar que esse não era o desejo verdadeiro da Família Imperial, como veremos.

O Segundo Reinado foi marcado por dois grandes acontecimentos: A Guerra do Paraguai e o fim da Monarquia, com a proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca. No primeiro caso, após o fim do combate, o país vivia uma crise econômica por causa do desgaste sofrido na guerra. Era um motivo que deixava boa parte da população descontente com o imperador Dom Pedro II, em especial o Exército. Entretanto, durante a guerra, observou-se um fenômeno: pela primeira vez na história, brasileiros de todas as regiões pegaram em armas espontaneamente para defender a nação, os chamados Voluntários da Pátria. Estes eram formados por pessoas livres e escravos. Muitos escravos foram para os campos do Paraguai já na condição de libertos pelos seus senhores, que em troca recebiam títulos de nobreza da Coroa. Tal fato evidenciara o sentimento de unidade nacional que pairava entre os brasileiros, mesmo entre aqueles de diferentes regiões do país e os escravos, que naquele momento passaram a ser vistos como integrantes da população e não como mera propriedade.

Além do evento descrito, onde escravos ganhavam sua liberdade(alforria) por atuarem na guerra, diversos dispositivos foram criados a fim de eliminar a escravidão no país. Todavia, tal conquista se deu de modo lento e gradual, como veremos.

Dentre as leis que tiveram por objetivo acabar com o sistema escravocrata tivemos: Lei Eusébio de Queirós; Lei do Ventre Livre; Lei do Sexagenário; e a gloriosa Lei Áurea. Todas estas leis, em maior ou menor alcance, representaram avanços no sentido de extirpar uma prática que, além de obsoleta no contexto do século XIX, era imoral.

A Lei Eusébio de Queirós, aprovada em 4 de setembro de 1850, proibia o tráfico de escravos do continente africano que ocorria através do oceano Atlântico. Na ocasião, houve pressão inglesa na tentativa de viabilizar tal lei por meio do chamado “Bill Aberdeen”, um instrumento que permitiu à marinha inglesa aprisionar navios suspeitos de transportar escravos no oceano Atlântico. Na época, a Inglaterra (diferentemente do Brasil) vivia o contexto pós Revolução Industrial, com um movimento abolicionista organizado e orientado com base em valores religiosos.

Aprovada em 28 de setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre determinava a libertação dos filhos de escravas. Sua promulgação ocorreu na ausência do imperador, ficando sua filha, D. Isabel, na regência. A princesa assinou, sem hesitar, a referida lei de autoria do então presidente do Conselho de Ministros o Visconde do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos), do partido conservador. Tal lei significou um grande passo em direção à abolição.

Ainda na regência da princesa Isabel, a Lei do Sexagenário, promulgada em 28 de setembro 1885, autorizava a emancipação apenas dos escravos maiores de sessenta anos, os quais não representavam praticamente nenhuma força de trabalho para seus senhores. De fato, tal lei revelou pouquíssimo efeito prático, sem qualquer pragmatismo. Uma vez que desobrigava os fazendeiros de sustentar os negros idosos, enquanto que estes já não possuíam mais condições de arcarem com o próprio sustento. Tal lei só beneficiava os chamados “ladinos”, escravos que trabalhavam na Casa Grande e eram tratados quase como membros da família (exemplo, Tia Nastácia).

E finalmente, no glorioso dia 13 de maio de 1888, na terceira (e última) regência da princesa Isabel, em virtude do estado de saúde do Imperador, foi assinada a Lei Áurea, tornando os brasileiros iguais perante a lei, sem a distinção entre escravos e livres! Naquele momento, D. Isabel carregava o fardo de saber que sua Pátria era estigmatizada, na esfera internacional, como o único Estado escravocrata do mundo ocidental. Vale lembrar, que a Constituição Imperial, de 1824, não previa a escravidão em seu texto.

Pela terceira vez na regência, a princesa Isabel já era madura politicamente para impor suas vontades aos ministros. Foi o que ocorreu materializado na Lei Áurea. Isso lhe rendeu o apelido pelo qual veio a ser conhecida pelas gerações futuras – a Redentora. Todavia, se antes da promulgação da Lei Áurea, alguns setores, dentre eles o Exército, estava descontente com o governo imperial, e após a sua vigência foi a aristocracia rural que passou a exalar seu descontentamento.

Diante desse panorama o Império já se achava desgastado e vítima de conspirações republicanas que visavam sua queda. Foi o que ocorreu. No dia 15 de novembro de 1889 a República foi proclamada (senão um golpe), e a Família Imperial obrigada a deixar o Brasil. Mesmo sabendo que sua decisão colocaria em risco a manutenção do sistema, a Princesa Isabel não se arrependeu de ter dado sua contribuição para a história da nação Brasileira, engajando – se com a causa abolicionista. Seu falecimento ocorreu na França, em 14 de novembro de 1921 eu seu nome ficou ligado ao 13 de maio de 1888.

Deus salve a Princesa e o Imperador Pedro II! Abolicionistas, assim como tantos outros do período.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

VOCÊ ESTÁ SEGURO NOS DIAS DE HOJE?


VOCÊ ESTÁ SEGURO NOS DIAS DE HOJE?
Segurança Pública e a PEC 171/93
   
por Philippe Lana

       Todos os dias pela manhã assisto aos noticiários buscando informações a respeito dos assuntos de interesse nacional. Dentre estes, os que dizem respeito a Segurança Pública são os que mais me incomodam, despertando, assim, meu interesse pela matéria. Isso porque me vejo desempenhando um papel de fundamental importância nesse cenário: o de cidadão. Isso mesmo. Pois há quem diga que a questão da Segurança Pública deva ser de interesse e competência única e exclusivamente das autoridades de polícia. Será?
       Ao sermos notificados através dos jornais, internet e veículos de modo geral acerca da problemática da Segurança Pública, não raro agimos indiferentes na maioria dos casos. Estamos em um estágio onde falar da violência urbana, por exemplo, tornou – se tão trivial assim como qualquer assunto do dia (talvez o time de futebol ganhe mais importância). Dependendo do caso, o mesmo poderá até ser narrado de modo dramatizado pelo comunicador a fim de comover o ouvinte. Mas isso não resolve a questão. Alguns poderão indagar: “Mas o que eu tenho a ver com isso?”. Responderei a seguir.

       Thomas Hobbes (1588-1679) já falava em um Estado de Guerra. Um Estado de natureza, onde os homens viviam em função do medo, aniquilando uns aos outros visando a própria sobrevivência, criando um ciclo de violência onde todos eram contra todos até a criação do Estado soberano, que a partir desse momento passou a monopolizar o uso da força em prol da segurança dos indivíduos em geral. Pois bem. Nos dias atuais não é muito diferente. Saímos de nossas casas pela manhã e não sabemos mais quando, e sim, se retornaremos. Via de regra, os assaltos ocorrem a qualquer hora do dia, e não mais à noite ou madrugada como outrora. Em alguns casos, muitos até, ocorrem com o emprego de violência e morte.

       Reconheço os esforços das autoridades de Segurança Pública do país em querer dissolver os núcleos do crime e da violência. Mesmo assim, tais medidas mostram – se ineficazes. A perda vem dos dois lados: da polícia, onde agentes arriscam suas vidas com parcos recursos e praticamente vulneráveis perante o império do crime; e da população, que também se torna alvo do combate diário entre o Estado e o crime.

       Em meio a essa discussão, cogita – se, atualmente no Congresso Nacional, a questão da redução da maioridade para os dezesseis anos. O assunto permaneceu engavetado há duas décadas e, em face do crescente índice de violência e também do clamor das vítimas que emana das ruas, o assunto passou a fazer parte da pauta do Legislativo. De autoria do então ex deputado federal Benedito Domingos, em 1993, à época no Partido Progressista (PP) do Distrito Federal, a chamada PEC 171/93 altera a redação do artigo 228 da Constituição Federal (imputabilidade penal do maior de dezesseis anos).

       Há quem diga que as mortes causadas por menores impúberes representam apenas 2% do total de homicídios ocorridos no país. No entanto, ao se tratar de vidas, não há números e estatísticas que possam mensurar a dor da perda e o temor das vítimas. Mesmo que tal percentual fosse inferior ao mencionado. Tal medida não irá por fim ao problema da segurança pública, sabemos, mas será um grande salto nesse sentido, uma vez que a questão também envolve fatores administrativos, estruturais e políticos.

       Em meio ao cenário descrito, faz–se necessário indagar o que nós, cidadãos, podemos contribuir a fim de auxiliar na solução do problema? Diálogo, eis a resposta para darmos o primeiro grande salto. Afinal, em que consiste tal diálogo? Certamente não sou o primeiro a sugerir isso, mas se continuarmos polarizando a sociedade, de um lado, e a Polícia, de outro, o resultado será o continuísmo do atual quadro. Alguns pregam a extinção das Polícias Militares, por exemplo. Tal equívoco baseia–se na alegação de que nossos policiais militares “são os que mais matam”. Ora, não podemos, em virtude do desvio de conduta de uns poucos, afirmar que a instituição assim determina. Ela (Polícia) ensina o certo e repudia o errado. Se, por um lado, há policiais de má-fé, também existem profesores, médicos, magistrados, entre outros que também são, devendo cada um responder pelos seus atos perante o órgão competente, afastando–se de sua função definitivamente.

"JIHADISTAS" MODERNOS E SEM PÁTRIA


"JIHADISTAS" MODERNOS E SEM PÁTRIA
por Diego Barreto Viana

Os apontamentos a seguir não apoiam a formação de nenhum grupo sectário. As informações denunciadas, desmascaradas e descritas correspondem a expressões fundamentalistas, não podendo ser evocado como incentivo ou respaldo a nenhuma forma de sentimentos negativos. O autor também não se responsabiliza por más interpretações, leituras tendenciosas, generalizações indevidas ou distorções intencionais que possam ser feitas sob quaisquer alegações e nem tampouco por más utilizações deste conhecimento. Aqueles que distorcerem-no ou utilizarem-no indevidamente, terão que responder sozinhos por seus atos.”

O Jihad é um termo árabe que significa “luta”, “esforço” ou empenho.

A ideologia do Jihad e o uso das tradições Islâmicas:

Mohamed disse: Eu fui comandado para lutar contra os povos ate que eles digam: “La ilha illallah” (ninguém tem o direto de ser adorado a não ser Allah), e quem disser “La ilaha illahllah”, Allah preservara de mim, a sua propriedade e a sua vida.” Bukhari Volume 9, livro 84, Numero 59:

Mohamed afirmou: “eu fui comandado para lutar contra as pessoas, desde que eles não declaram que não há outro Deus além de Allah.” Muslim 30:

Estes grupos terroristas se autodenominam aqueles que irão cumprir, e realizar a profecia de Mohamed.

Jihad Online

O papel dos ativistas de mídia, ou em jihadista falar a "mujahid mídia" tem desde a morte de Osama Bin Laden maio de 2011, foi promovido, em destaque e aprovado. AQ (al-Qaeda) documentos relacionados fizeram este modelo papel de destaque. O modelo de papel do "mártir media" qualquer "mujahid media" pode ser tornar-se, é apoiado pela chamada para levar a luta em um maior nível em canais on-line al emitidas pela al-Fajr em sua resposta da morte de Bin Laden: "A Internet é um campo de batalha para a jihad, um lugar para o trabalho missionário, um campo de enfrentar os inimigos de Allah. É em cima de qualquer indivíduo a considerar-se como um media-mujahid, dedicando-se, a sua riqueza e seu tempo para Allah.

Na primeira, as estratégias para promover Twitter entre os membros de fóruns jihadistas não conseguiu desenvolver tração substancial, mas isso mudou drasticamente ao longo de 2012. Quando jihadistas dentro e fora da Síria começou a usar e incorporar o Twitter como um meio para divulgar e re-post al-Qaeda e outros materiais de propaganda.

Devido ao efeito e o sucesso dos grupos jihadistas baseados sírio, outros grupos jihadistas, assim como os principais fóruns estão adotando o ativismo twitter, publicidade fórum oficial de contas nas páginas principais com usuários dentro dos fóruns usando hashtags do twitter (#) ou referências a Os usuários do Twitter (por exemplo: al_nukhba). A lista dos " Os mais importantes sites de jihadistas e de apoio para a jihad e os mujahideen no Twitter '"foi recentemente postado no fórum Shumukh al-Islam, permitindo aos usuários identificar os principais clientes que queiram seguir.

Simpatizantes individual e todos aqueles que se sentem inclinados a contribuir para a jihad mídia redisseminar arquivos de autoridade da al-Qaeda no twitter em uma escala maior. Agora todos os principais departamentos de mídia jihadistas, parte de redes militantes, têm seus próprios canais no Twitter, ligando para o conteúdo dos fóruns jihadistas e outras plataformas de mídia social, principalmente YouTube, Facebook, e imagens em geral.

Twitter ativismo e contribuidores que financiam os jihadistas

O Twitter se transformou em um pub principal para a distribuição de arquivos de ativistas jihadistas. Estas redes de partilha de informação Jihad usando o Twitter coexistem, de forma autônoma, com os fóruns clássicos. Estas redes de transporte, por exemplo, amostra da grande variedade de arquivos de propaganda jihadista, em alguns casos, colocado em primeiro lugar no Twitter, post’s via telefones celulares da linha de frente. Como um breve panorama, algumas amostras que consiste em:

  • mártires em geral e de martírio cooperativas (istishhadiyyun) anunciou e identificados pelo seu hashtag e Twitter conta;
  • pede doações com telefone números e informações de contato de mídia social; cuidar dos órfãos dos mártires entre outros elementos civis;
  • geral de material de incitamento, e o impacto da propaganda on-line arquivos obtidos usado offline são populares e ganham muita atração;

Um dos grandes intelectuais da Irmandade Islâmica no mundo foi Sayyid Qutb que escreveu "Milestones". Suas ideias inspiraram a grande maioria das organizações fundamentalistas.

Qutb, dizia que a Jihad é um dever de todo muçulmano e ensinava que os infiéis precisam ser mortos se não se renderem ao Islã. Doutrinou a luta da intolerância religiosa até que não haja mais Fitna (divisão/ambiguidade). O Sayyid Qutb afirma que o próprio Muḥammad lhe ordenou a passar adiante as três fases do Jihad - modelo para a ummah (comunidade Islâmica):

  • INICIAL - "Islã é Paz" - Os fundamentalistas devem ser tolerantes as diferenças;
  • PROGRESSO - "Islã discriminado/marginalizado" - Modo defensivo explorando o aspecto social;
  • CONQUISTA - "Islã ofensivo" - Os fundamentalistas Jihadistas devem agir;

Por esta razão o ISIS – (por sua sigla em Inglês, em que o S deriva da palavra árabe al-Sham, que pode ser traduzido como Levante, Síria ou Damasco, mas no contexto da jihad global refere-se ao Levante.) formada em abril de 2013, foi inicialmente apresentada como uma fusão entre o grupo ligado à Al Qaeda, o ‘Estado Islâmico’ do Iraque (ISI), e um grupo jihadista sírio rebelde, a Frente Nusra. O brado moderno jihadista, desempenhado um papel fundamental na aquisição de uma grande base militar na província de Aleppo pelos quais chama os adeptos do mundo para se submeterem ao novo Califa Abú Bakr al Baghdadi. Como dito: “O Jihad a única solução? O exercito do Califa!” Sinal de tensão contínua no mundo escuro do Jihad.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

VOCÊ SABE O QUE É RESPEITO?


VOCÊ SABE O QUE É RESPEITO?
por Fabrizio Lyra

Vou contar duas histórias que ilustram o tema que quero tratar. Certa vez, trabalhei em uma secretaria de estado que teve seu comando transmitido a uma coalizão de partidos de esquerda e extrema esquerda. Não direi quais assim como não informarei a área de atuação da secretaria e os nomes dos personagens de minha história. Isso não tem relevância para o conteúdo dela. Um dia, meu setor fez uma reunião com um dos vice-secretários. Era um senhor muito amável com aparência daqueles vovôs contadores de estórias que colocam os netinhos no colo e todos nós gostamos. No entanto, sabia que era um socialista, ex-exilado e anistiado político. Em suma: foi um combatente revolucionário contra o regime militar. Ele foi um dos primeiros a chegar e se sentar. Quando os outros chegaram, enquanto se sentavam, ele falou do alto dos seus mais de 60 anos: “sabem que, até hoje, não sei o que é respeito.”

A minha segunda história ocorreu na reunião de escolha dos oradores e agradecimentos para a formatura de minha segunda graduação. Algumas pessoas consideraram ultrapassado fazer agradecimentos a Deus. Foi feita uma votação e o resultado aprovou a inclusão desse agradecimento. Quando a conclusão de nossas opções para a cerimônia foi enviada por e-mail aos formandos faltosos, um deles respondeu com um e-mail irritando dizendo ser absurdo, em pleno século XXI, fazer-se agradecimentos a Deus em uma universidade. Quando respondi que essa opção foi votada democraticamente, ele não aceitou o resultado, tentou impor sua verdade e como não conseguiu, disse que não iria comparecer a cerimônia. No fim de sua mensagem, afirmou ser um anarquista “sem Deus e sem pátria”.

A primeira história ocorreu antes do PT chegar ao poder e a segunda aconteceu um ano depois.

Elas expõem não apenas casos isolados mas visões de um idoso que, por sua ideologia, vivia deslocado, na sua juventude, por viver em uma nação conservadora e a de um jovem, do início do século XXI, sentindo-se desconfortável por sua visão revolucionária ainda não ser predominante na sociedade.

Dez anos depois, será que essas posturas fortaleceram-se e disseminaram-se em nossa sociedade?

O que encontramos, hoje, é o resultado de um lento, sutil mas forte crescimento de uma mentalidade relativizadora de conceitos morais que não vê sentido na reverência a símbolos, figuras, crenças, instituições e gestos de nossas tradições como Igreja, Deus, pai, mãe, família heterossexual, hierarquia, formalidade, pátria, nação, bandeira, hinos e qualquer elemento que coloque a pessoa em atitude de seriedade, postura corporal rígida, corpo curvado, cabeça baixa e profundo silêncio. O coração batendo calmo. Rosto sereno e concentrado. Alma elevando-se e parecendo sair do corpo.

Cada vez mais impera o deboche, escárnio e cinismo revolucionários oriundos da orgia comportamental e mental dos anos 60 que abriram a represa dos instintos, emoções e pulsões mais violentas que estavam lacradas no subsolo da alma humana para serem disseminadas por toda sociedade mundial. Em alguns outros períodos da humanidade essa represa foi aberta para ser novamente fechada por forças conservadoras. Há 50 anos, essas forças vem tentando novamente fechar essa caixa de Pandora mas sem sucesso. Ela vem vencendo mas ainda não deu a palavra final. No Brasil, durante 20 anos, o regime militar atrasou a missão que ela empreendeu com maior sucesso no resto do mundo. Porém, a Nova República e o fim do regime militar brasileiro, em 1985, foram abrindo-lhe aos poucos. O PT, ao assumir o poder em 2003 tratou de escancará-la mas vem se surpreendendo com a reação dos que conservam valores tradicionais. E o número dessas pessoas é maior do que os petistas poderiam imaginar. Quem irá vencer? O Brasil passará, também, como o velho revolucionário narrado no início desse texto, a não saber mais o que é RESPEITO?

sábado, 17 de janeiro de 2015

Desconstruindo o impraticável.

DESCONSTRUINDO O IMPRATICÁVEL
Por Daniel Piven

É triste e trágico que pessoas ainda defendam o comunismo, e que tenhamos de discutir esse assunto já tão ultrapassado. O motivo é simples: não se argumenta com comunismo do mesmo jeito que não se argumenta sobre beber veneno, pois é algo tão ingóbil de se fazer que nem merece discussão. Todos sabem que beber veneno dá em morte!

Porém, hoje eu vou abrir uma exceção e "argumentar" sobre o comunismo.

Várias ciências refutam as teses do comunismo. Existe, por exemplo, uma teoria de Marx que atribui o produto dos bens de produção aos trabalhadores. Isto já foi facilmente refutado por Alfred Marshall em Princípios de Economia (1961), no seguinte trecho:
"Não é verdade que a tecelagem de um fio numa fábrica, depois de feitas as amortizações para a depreciação do equipamento, seja o produto do trabalho dos operários. É produto do trabalho deles, juntamente com o do empregador, o dos gerentes e o do capital empregado; e o próprio capital é o produto do trabalho e da espera; portanto, a fiação é produto do trabalho de muitos tipos, e da espera. Se admitimos que é apenas o produto do trabalho, e não do trabalho e da espera, podemos, sem dúvida, ser levados por uma lógica inexorável a admitir que não há justificativa para os juros, que é o pagamento pela espera; pois a conclusão está implícita na premissa."
Se levarmos em conta a série de trabalhos necessários para a acumulação do capital e dos custos de oportunidade envolvidos na obtenção do mesmo, fica evidente que é impossível atribuir somente ao trabalho o produto da produção.

Ainda, fica claro que é necessário recompensar monetariamente o capital emprestado, pois seu detentor abdica de seu uso em favor do prestatário durante determinado período de tempo, sendo portanto os juros a remuneração pela espera . Ainda sobre os aspectos impossíveis do comunismo estão as limitações da economia planificada à responder às demandas elásticas da economia, um dos fundamentais conceitos de formação do preço e da distribuição do consumo no mercado. Michael Porter em Estratégia Competitiva (1980) faz um estudo detalhado sobre os fatores de como a elasticidade econômica afeta os preços e a distribuição dos produtos no mercado. Isso entra em descordo com a tese de “valor natural” dos bens apontada por Marx, uma teoria ainda baseada nos primeiros pensadores da escola liberal e já ultrapassada.

Além das características de má distribuição dos recursos e demora às respostas da variação de demanda causadas pela planificação da economia, a sociedade comunista sofre também com os efeitos psicológicos e sociológicos da igualdade de salários. A maioria dos psicólogos e sociólogos hoje em dia admite que a igualdade forçada mina a produtividade da economia.

É interessante notar que o sociólogo Domenico De Masi introduz o conceito de “ócio criativo”, e não efetivamente o trabalho, como pressuposto para a geração de riqueza numa economia desenvolvida. Assim, por meio do estímulo ao lazer (um conceito deveras burguês) e ao repouso estimula-se o intelecto do trabalhador para a produção de bens imateriais e novas tecnologias. Aliás, um aspecto importante a se notar é que Marx não reconhece os direitos à propriedade intelectual, bem máximo da economia desenvolvida nos dias de hoje.

Já na perspectiva HISTÓRICA, pode-se observar que em TODOS os países onde foi implantado o comunismo deu errado. Aliás, o maior erro do comunismo está na própria premissa de que, para atingir um estado “inexistente” deve-se seguir o caminho rumo ao estado máximo, com a substituição de uma elite empreendedora por uma elite burocrata que deve gerenciar todos os aspectos da vida política, econômica e civil. Esse equívoco conduziu todas as nações que adotaram esse sistema maldito à um inevitável governo totalitário e autocrático.

Vale mesmo lembrar que o “comunismo" sozinho já matou mais de 120 milhões de pessoas no mundo "em nome da causa". Podem-se citar diversos exemplos históricos: os desaparecidos e os fuzilados em Cuba, o massacre de Holomodor, os Gulags russos, a política de natalidade Chinesa, etc., todos brilhantes exemplos do que é o comunismo, mas acabaria tornando este artigo demasiado extenso. Recomendo a leitura do “Livro Negro do Comunismo” para mais detalhes.

Na verdade, o que eu fiz aqui foi um resumo. Eu poderia ficar dias aqui refutando a economia marxista, citando as falhas históricas do comunismo e seus genocídios, suas influências nos radicalismos sexuais e religiosos pelo mundo, mas existem outros pensadores mais brilhantes que discutem detalhadamente o assunto, como o professor Olavo de Carvalho.

Deixo aqui uma pergunta: Quantos mais terão de morrer por esse sonho impraticável?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O patriotismo contra a corrupção e a imoralidade

O patriotismo contra a corrupção e a imoralidade

por Daniel Piven

Em nossos dias vivemos cercados de tendências globalizantes. O objetivo de tais tendências é a supressão dos elementos culturais nacionais em detrimento de uma pseudo-cultura única e vazia, que nos é apresentada travestida pelas bandeiras da igualdade social, do politicamente correto e da luta contra o preconceito.

Tentando monopolizar a virtude com um discurso demagógico, busca-se polarizar e dividir a sociedade ao mesmo tempo em que se destroem os seus alicerces fundamentais, pervertendo a sua noção de moral, de justiça, de mérito e seus ideais com o objetivo alienar e subjugar mentalmente a sociedade para implantar um governo autocrático corrupto.

Infelizmente, já vivemos um estágio de degradação cultural avançada no Brasil. A relativização de valores contaminou todos os segmentos da sociedade, com consequências visíveis. A corrupção estatal atinge níveis cada vez maiores, enquanto a sociedade está extasiada por supostos benefícios e liberdades que o governo concede às custas dos recursos que explora do próprio cidadão e de outras liberdades que cada vez mais cerceia sob o pretexto do politicamente correto e da vitimização. Alterou-se na concepção do brasileiro o padrão de normalidade, e assim permite-se a aceitação do inaceitável.

Não, a moralidade não pode ser ignorada. A corrupção não é nem nunca será algo aceitável do ponto de vista moral. A sua gigantesca disseminação se deu de maneira tão veloz quanto a degradação do nosso padrão normal de moralidade, a nossa relativização daquilo que é permitido e proibido. Admite-se a lógica do “Rouba mas faz”, mas nada se faz para fiscalizar aqueles que estão no poder e, revelado algum crime, delega-se a terceiros o dever de investigar e punir aquilo que “ainda” se considera errado. O cidadão relegou-se ao papel de espectador nesse esquema grotesco.

Por que isso ocorre? Como deixamos isso acontecer? Muitas são as perguntas e também inúmeras são as respostas, mas delineio uma caminho: muito se deve à morte do patriotismo. Mas o que é patriotismo?

O patriotismo é o sentimento de compor, interagir e se necessário defender o local ou ambiente no qual se encontra o seu país de quaisquer ameaças. Com a degradação cultural gramscista perpetrada pela esquerda e seu ataque feroz à identidade nacional sob o falso pretexto do patriotismo servir às elites, suprimiu-se também o instinto natural do povo de defender-se das falcatruas realizadas pelos políticos.

Apenas com o resgate da identidade nacional e dos valores morais será possível livrar nosso país dos canalhas na política e alcançar o desenvolvimento social que advém de politicas públicas sérias e comprometidas com o bem do povo.